domingo, 17 de outubro de 2010

Pesquisa (referenciais)

Metamorfose
Metamorfose é uma das obras mais famosas e é do poeta latino Ovídio.
Ovídio deu novo acabamento literário aos mitos gregos que haviam sido aproveitados pelo Império Romano quando esse conquistou a Grécia. Assim, poetas como Homero e Pausânias foram de fundamental importância para sua inspiração. Embora as personagens sejam mitológicas, o carácter de seus diálogos e contos são permeados por humanidade. Em Metamorfoses, ele desenvolveu e até popularizou os mitos mais famosos e mais lembrados da mitologia grega tais como o de Midas, Orfeu, Eros, Psiquê, Zeus, Afrodite, Baco, Narciso, entre outros. Outro aspecto apresentado em seu poema é o Caos, confusão de todos os elementos que se supõe ter precedido a criação do universo, e que o poeta se refere em latim como rudis indigestaque moles ("massa informe e confusa").
A Metamorfoses de Ovídio permanece até hoje como um dos trabalhos poéticos mais aclamados sobre mitologia, e o poema mais influente da história da poesia e da arte. Poucas foram as obras poéticas que inspiraram tantas formas artísticas como a literatura, a música, a arquitectura e a pintura. Seu carácter social e espiritual acerca dos ciclos históricos do homem influenciou também a filosofia, notavelmente o discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1989), de Jean-Jacques Rousseau. Preservado pelo gosto da cultura ocidental através dos séculos, inspirou, entre outros autores, Dante, Shakespeare, Cruz e Souza, Kafka, Manoel de Barros, e pintores ou escultores tão diversos como Michelangelo, Rafael, Tiziano, Correggio, Veronese, Caravaggio, Rubens, Bernini, Velásquez, Rembrant, Delacroix, entre tantos outros. Figura, portanto, como uma das mais importantes obras clássicas da mitologia greco-romana e da literatura latina.

Caravaggio (pintor)










- Narciso (óleo sobre tela, 110x92 cm: Galeria
Nacional de Arte Antiga, Roma).


“Caravaggio pintou de forma admirável a expressão de desespero no rosto de Narciso, no momento em que se curva sobre as águas e vê o seu reflexo. E é este reflexo, precisamente, que se mostra revelador. Ele é um rosto feio, disforme, em nada similar ao do indivíduo que o contempla.”

- Por José Ribeiro Ferreira, em comunicação in Actas do Symposium Classicum I Bracarense (2000)

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